O “trabalho nômade” é uma das tendências apontadas pelo Business Bets (Foto: Pakorn Khantiyaporn/EyeEm/Getty Images)
Quer aproveitar o começo do ano para saber quais são as principais tendêndias de negócios em 2022? Uma boa ideia é checar o relatório Business Bets 2022, elaborado pela consultoria novaiorquina Sparks and Honey. O estudo teve como base as tendências mapeadas pela plataforma de inteligência cultural Q ao longo do ano.
Os pesquisadores fizeram uma análise aprofundada de 160 elementos culturais e identificaram as áreas que devem merecer maior atenção em 2022. Essas observações foram sintetizadas e resumidas em tópicos. Veja a seguir.
Além da experiência visual, os sons também serão usados para transportar usuários a espaços virtuais, com a a juda de realidade aumentada. A Apple, por exemplo, incluiu como patente dos Airpods a capacidade dos usuários de criar ilusões a partir da fonte sonora. A tendência do segmento é de expansão.
As big techs demonstram um interesse cada vez maior pela área de saúdede. A Alphabet, controladora do Google, começou a trabalhar com produção de remédios com ajuda de IA. Farmacêuticas têm se aliado a empresas de tecnologia para descobrir novas ferramentas que ajudem na prevenção e cura de doenças. O valor do mercado do setor deve saltar de US$ 69,8 bilhões em 2020 a US$ 110,4 bilhões em 2025.
As mudanças climáticas têm sido levadas a sério por muitas empresas, que tomam medidas concretas para ajudar a mudar esse cenário. A criação do cargo de “Chief Heat Officer” (“diretor de aquecimento global”, em tradução livre) é uma das novidades que podemos aguardar para 2022.
As diferentes tecnologias criadas para reduzir emissões ou compensar a pegada de carbono estão fazendo com que as empresas se arrisquem a lançar cada vez mais produtos com carbono neutro – ou até mesmo negativo. O movimento é forte nos setores de produtos químios, plásticos, combustíveis para aviação e materiais de construção.
Para diminuir a emissão de gases do efeito estufa da pecuária, uma das vilãs do meio ambiente, a carne cultivada em laboratório tem se destacado. Startups como a espanhola Novameat e a israelense Aleph Farms trabalham nesse desafio. Em 2022, as carnes cultivadas devem se tornar tão populares quanto as vegetais.
Se em 2021 os NFTs (tokens não fungíveis) conquistaram o mercado da arte, a expectativa para 2022 é o estabelecimento de uma regulação que seja adotada pela maioria dos mercados. Só assim será possível evitar disputas como a que envolveu o diretor Quentin Tarantino e a produtora Miramax – ambos dizem ser donos dos NFTs com cenas exclusivas do filme Pulp Fiction, de 1994.
O campo da terapia com mRNA foi impulsionado pelas vacinas contra o coronavírus. Em 2022, essa tecnologia deve levar a medicina a avanços sem precedentes. O principal objetivo dos estudos sendo realizados hoje é a criação de uma imunidade super-humana, capaz de enfrentar os vírus que virão no futuro.
A imensa popularidade das séries coreanas apresentadas na Netflix mostrou que o império americano do entretenimento está enfraquecendo. Além do impulso para a produção cultural local, o movimento também deve incentivar a busca dos canais de streaming – e dos usuários – por um cardápio cultural mais diversificado..
A pandemia destacou não só as desigualdades socioeconômicas ao redor do mundo, mas também a discrepância entre salários de diferentes categorias. Em meio a uma onda de pedidos de demissão, empresas de diversos países estão respondendo com aumentos salariais, seja de forma generalizada, seja direcionada a cargos mais baixos e grupos socialmente marginalizados.
Ao que tudo indica, o conceito de “anywhere office” (“trabalhar em qualquer lugar”, numa tradução livre) veio para ficar, com o surgimento de uma nova força de trabalho totalmente desvinculada de uma sede. Ganham as empresas que buscam atrair talentos adeptos a esse estilo de vida.
Falar sobre saúde mental se tornou mais importante do que nunca durante o último ano, quando 94% dos trabalhadores disseram estar estressados. Para 2022, a novidade é que essa preocupação se tornará mais estruturada, com o aumento da demanda por lideranças empáticas, plataformas de terapia (com humanos ou robôs) e comunidades de saúde mental.